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terça-feira, 6 de março de 2012

Um lugar só meu...


A princípio esta afirmação pode parecer egoísta, porém se bem analisada é compreendida rapidamente. Vivendo em um mundo tão globalizado que muitos acabam, assim como eu, desejando ter um espaço só seu. Este espaço não precisa ser somente físico, mas principalmente mental. A humanidade passa por um stress coletivo onde a falta de privacidade virou moda, nos vemos obrigados a saber sobre tudo o que acontece no mundo e a nossa volta. A pergunta que me faço é se somos mais felizes pensando desta forma. Penso que não! No início, quando a rede de informação estava começando dava-nos a falsa impressão de que estávamos dando um passo em direção a algo que nos definiria como insuperáveis, a “era da globalização”. Infelizmente hoje vemos que esta máxima cultivada na última década está em decadência, estamos cansados e enfadonhos, queremos de volta uma paz que tínhamos antes do grande advento da informatização em massa. Tudo é jogado nas redes sociais e é rapidamente triturado e ruminado por todos que estão on line, inclusive eu. O que tenho feito pra produzir mais e melhor? Tenho restringido ao máximo minhas visitas ao mundo virtual. Quero voltar a ter mais contato com amigos que deixei de ver e conviver. Percebi que no decorrer destes últimos anos minha relação com meus melhores amigos passou a se tornar superficial seja por facebook ou MSN (que na verdade virou tudo a mesma coisa), uma coisificação liquidificadora. Acabaram-se os bate papos, os abraços, os sorrisos em volta de uma boa mesa de grandes encontros. Seja pra tomar um café, seja para compartilhar algo interessante, jamais a internet substituirá o contato físico entre as pessoas. O mundo nunca esteve tão estressado, as crianças e jovens lotam os consultórios psicológicos, sem falar nos psiquiátricos, muita informação e pouca vivência estão formando seres que apresentam dificuldades como as de se relacionar com a família e socialmente. Os jovens e até mesmos nós temos nas nossas redes sociais centenas de pessoas cadastradas em nossos contatos, mas quantos conhecemos realmente? Pouquíssimos! E dos que conhecemos, raramente temos tempo pra conversar e se relacionar de forma satisfatória. Ao final de cada dia nos sentimos esgotados, casa, trabalho, filhos, estudos, compromissos inadiáveis e por ai vai... Ao final do dia o pouco de energia que nos sobra ao entrar nas redes sociais deixamos ir pelo ralo mais duas ou três horas da nossa existência sem nos darmos conta do tempo corrido.  Administramos como dá, ou como achamos ser o certo, a verdade é que temos urgência em tudo, de ser feliz, de saber de tudo, de termos o que ainda não conquistamos, de sermos vistos como algo “insubstituível” e no fundo sabemos que tudo isso acaba por ser o resultado frenético de uma neurose coletiva. Somos o que construímos pra sermos, e estamos construindo o que? É este espaço que proponho aqui, um lugar só seu. Onde? Dentro de você mesmo! Um silêncio... uma pausa, sentar-se talvez em um banco de um parque, observar o movimento ou a falta dele... Viver e respirar  o ar respeitando o seu ritmo correto de respiração. Voltar a entender o significado de inspirar e expirar...  respeitar-se mais pra viver “mais e melhor”.  Sonho com um tempo em que seremos sábios o suficiente pra usufruir da modernidade sem deixar que ela nos devore a alma. Termino esta crônica querendo um lugar só pra mim, dentro de mim mesmo! E você, já conquistou o seu lugar?!

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