Bem vindo ao meu mundo de idéias!

Aqui vc vai dividir comigo risos e lágrimas, composições do dia a dia. Peças soltas que teimam em se encaixar logo adiante. Não se aflija...a viagem é segura e divertida! Relaxe e sinta-se no meu mundo, hoje vc é meu convidado!

domingo, 23 de setembro de 2012


Voto nulo...

Nestes tempos de eleição uma questão deve ser analisada com importância devida. Em pleno séc. XXI algumas pessoas ainda não entenderam a conquista de algumas nações ao direito ao voto. Poucos países vivem com integridade a democracia do ponto de vista de poder escolher, através do voto, seus governantes. Para muitos países isso ainda faz parte de sonho a ser alcançado a duras penas e penalidades; outras pátrias ainda para conquistarem este direito irão derramar muito sangue até que sejam capazes de viver este momento histórico em seu país. O Brasil goza deste direito desde as “diretas já”, por sermos uma nação de memória curta muitas vezes esquecemos as lutas que nossos antecessores para que tivéssemos este momento de participação direta na escolha dos nossos líderes políticos.
Quando ouço um cidadão dizer que vai votar nulo fico a me perguntar se ele realmente pensa no seu amanhã ou nas consequências que seu ato possa fazer a diferença no decorrer da história deste país. Muitas pessoas justificam-se dizendo que seu voto nulo será um sinal de protesto, nesta hora penso, protesto de que? Outros ainda dizem que não tem candidatos que correspondam as suas expectativas. Nesta hora me pergunto se aquela pessoa esta esperando a volta do “Messias” pra dar jeito nesta bagunça toda no mundo humanístico.
É correto afirmar que toda pessoa considerada de idade de raciocínio lógico deve ser responsabilizado por suas escolhas e que estas escolhas refletirão diretamente na sua vida. Por este ponto de análise anular o voto é negar a sua responsabilidade de cidadania, é lavar as mãos em pleno momento de decisão.
Nosso voto na urna é uma dos maiores símbolos do seu direito de se expressar seu poder e sua vontade. Certo que alguns o fazem de forma muito equivocada, alguns votam no candidato porque acham bonitinho, outros votam porque acham que o seu candidato não tem chance de ganhar e por ai vai...
A verdade é que apesar das campanhas realizadas pelo país afora, dizendo da importância do voto, várias pessoas ainda vendem seu bem precioso por uma dentadura ou um par de botinas, outro por um churrasco e uma cervejada e outros ainda para encostar em um cabide de cargo comissionado. E estas pessoas ainda querem que o país mude um dia? Este país só vai mudar quando todos os brasileiros acreditarem que cada voto faz a diferença. Que nossa resposta ao que está errado por todo o Brasil estará estampado nas urnas das próximas eleições. Devemos limpar nossas mentes, devemos lembrar-nos do que já fomos obrigados a ver e engolir de grupos políticos corruptos e fraudulentos.
Nossa hora está próxima! Este é o momento de analisar o que é melhor para o Brasil de amanhã. Façamos a diferença votando de forma consciente e verdadeira. E “Verás que um filho teu não foge à luta”, como entoou a letra do saudoso Joaquim Osório Duque Estrada, embalado pela música de Francisco Manuel da Silva.
Vista-se de Pátria Amada Brasil! Vamos às urnas e façamos valer nossos direitos!

domingo, 19 de agosto de 2012

Aprendendo com o poder do perdão...


 A máxima de aprendermos a dar a outra face quando somos agredidos por alguém já é conhecida pela maioria das pessoas. Analisando este ponto podemos fazer uma ponte e discutirmos a importância do perdão. Perdoarmos a nós mesmos é o primeiro passo para o início do nosso crescimento como seres evolutivos. Desde o nosso nascimento passamos por decepções, quando algumas de nossas necessidades não são atendidas e experimentamos fome, medo ou rejeição ainda bebês criamos em nós barreiras de não aceitação, de menos valia e assim por diante. Estes sentimentos negativos e pejorativos são acentuados no decorrer do nosso desenvolvimento, seja no nascimento de uma nova criança no nosso circulo familiar, na escola e em outras situações nas quais nos é dado à oportunidade de deixarmos de ser o centro das atenções.
Os novos desafios que a vida nos oferta para aprendermos as lições necessárias ao nosso crescimento espiritual nem sempre é assimilada por nós de forma correta. Quando isso não acontece de forma sadia acaba por se tornarem traumas que fortalecem nossas defesas pessoais.  Com o passar dos anos, até atingirmos a fase adulta já criamos muralhas aparentemente intransponíveis nas novas relações que minam nossa capacidade de aceitar alguns acontecimentos.
É comum amarmos apenas quem nos ama ou as pessoas que aparentemente sejam capazes de nos fazer o bem. Na verdade procuramos no próximo nossa aceitação! Sabe por quê? Porque ainda não nos aceitamos e amamos o suficiente para nos proteger daqueles que nos ferem. Exatamente isto! Somos dependentes da aceitação dos outros desde sempre, culpamos nossos agressores e os alimentamos sempre que possível em nossas mentes e coração. Nada é pior do que o féu da deslealdade e da ingratidão, certo? Errado! Se for essa a nossa escolha como sendo nossa realidade sofreremos muito até conseguirmos entender a dinâmica deste processo evolutivo.
A mansidão desde sempre foi um dos maiores exemplos deixado por mártires que “pregaram” o bem na Terra. Nenhum deles deixou de acreditar no amor e no perdão por serem difamados por caluniadores.  Muitos deles poderiam ter desistido de suas missões quando foram traídos pelas mãos que eles tinham ajudado um dia, muito pelo contrário, continuaram até o fim traçando um caminho de luz e dedicação aos seus propósitos humanitários. Quantos de nós seríamos capazes de tomar a mesma atitude de perdoar, relevar e aceitar o grau evolutivo destes pobres moribundos que os ofenderam?
Quem perdoa o próximo se ama dobrado! Perdoar o outro nos liberta a alma e nos dá a chance de nos desprendermos da energia densa que a raiva e a ira cria em torno de nós. Quando estamos sintonizados no pensamento que clama por vingança e justiça deixamos de desenvolver outras habilidades nobres do espírito.
Por isso perdoar alguém é primeiramente perdoar a nós mesmos pelo fato ocorrido, perdoar o próximo é consequência da primeira atitude. Se ater a um sentimento corrosivo só nos trará doenças físicas e psíquicas, permita-se prosseguir sem a dor da desilusão e do rancor.
Esta atitude não significa que devamos conviver com a pessoa que nos quer mal, e sim, deixar que ela siga seu caminho. De que forma? Orando por ela e por você! A oração dilui os sentimentos negativos que te ligam a esta ou aquela pessoa permitindo que este sentimento sombrio ganhe luz aos olhos de DEUS. Faça a sua parte, a lei universal fará o resto!
Nas suas preces diárias primeiramente perdoe você, depois perdoe o acontecimento que lhe causou a dor e por último seu opressor. Enquanto ora imagine uma luz dourada intensa aquecendo seu coração e irradiando o amor de DEUS. No início você encontrará certa resistência, passado algum tempo você não sentirá nenhuma barreira emocional ao realizar este exercício de perdão.
Lembre-se somos como ondas de rádio, ao elevarmos nossos pensamentos em prol de atitudes edificantes, as ondas baixas das energias negativas ficarão automaticamente nulas e não terão força e capacidade de nos destruir. Ame-se ao ponto de ser capaz de perdoar seu opressor, permita-se o melhor que o universo reserva para você! Seja feliz agora!

O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte”.

sábado, 30 de junho de 2012

Queria poder viver em um mundo onde a maldade do homem fosse impedida de entrar. Onde a liberdade do simples e humilde não incomoda-se o opressor invejoso. Que cada um pudesse viver verdadeiramente livre pra expressar seus sonhos e pensamentos. Para muitos um mundo assim não é UTOPIA, é continuar tendo algo que nunca poderá ter fim...ESPERANÇA!

segunda-feira, 4 de junho de 2012








Quando a chuva molhou meu rosto...


Aquele dia não seria um dia qualquer. Logo de manhã levantei atrasada, pés descalços e o corpo todo dolorido da noite mal dormida. Olhei pra fora da janela e notei o tempo nublado. Procurei meus chinelos e fui colocando-os enquanto andava meio que cambaleando até o banheiro. No espelho me vi sem me olhar direito, passei as mãos pelos meus cabelos e os prendi no alto da cabeça num coque feito de forma displicente. Olhei novamente pro espelho, abri a torneira e deixei a água gelada resfriar a face. Fragmentos de pensamentos me deixavam meio inquieta, na verdade o que me deixava agitada era minha vida, nem tão curta, nem tão longa, mas certamente daria um livro daqueles que viram best-sellers nas grandes redes de livrarias. Um pouco de dor, de desilusão e amor, muito amor. Espreguicei demoradamente e terminei minha higiene matinal, já pensando na roupa que deveria colocar pra ir trabalhar. No desjejum um copo de suco de clorofila, maça e cenoura, tudo isso pra dar um tom de vida a vida! Ainda envolta em meu roupão felpudo caminho até a sala e observo os primeiros pingos de chuva no vidro embaçado, com o copo de suco na mão esquerda, passo a outra mão no vidro gelado na esperança de ver com maior nitidez os relâmpagos que ensaiam abrir clarões no céu nublado.  Momento bom pra parar a vida! Pra repensar gestos e analisar palavras não ditas... No silêncio do meu silêncio a inquietude me incomoda e me dirijo até a estante pra ver o que acho de bom, um cd da Ana Carolina me pareceu melancólico talvez, opto então por Maria Gadú cantando com Ana Carolina... ai sim, fechou. A chuva vira poema, sinto meu coração bater mais forte, a música me dá vontade de tomar algo mais quente, um café certamente seria mais apropriado. A alça da minha camisola desliza no meu ombro e lembro-me da minha pele arrepiando por um sentimento guardado a sete chaves. Que segredo é este que guardo de mim mesma? Outra música começa a tocar e agora tomada por um sopro de liberdade resolvo abrir a janela, a chuva já cadenciada molha minhas mãos e respinga meu cabelo preso. Fecho meu roupão com as mãos, mas deixo que a chuva continue respingando no meu rosto, calor...frio...calafrios... fico parada por alguns minutos e experimento a vida em toda sua intensidade, estranho, as vezes um instante é capaz de nos dar a visão do todo... O vento impiedoso faz minha pele toda ficar gélida, outra música toca... É isso ai... com Seu Jorge, fecho os olhos e suspiro sentindo emoções ainda mais fortes. Curto a música e deixo a meus sentimentos me embalarem e riu à toa, a música termina e fecho lentamente a janela como se a pressa fosse interromper minhas lembranças inquietantes. Corro até meu quarto e pego uma toalha seca, me desfaço da roupa molhada e entro em baixo da ducha quente. A água quente dá um contraste agradável e acolhedor à pele, renovada e me sentindo leve deixo o Box enrolando-me na toalha novamente, paro em frente ao espelho e desta vez me vejo inteira no espelho, de corpo e alma presentes.

quinta-feira, 10 de maio de 2012


Pele nua...



Esperando teu navio chegar, me encontro no vazio dos meus pensamentos. Prometi aguardar o teu retorno e incansavelmente assim vou ficar. Mesmo vestindo um vestido feito de trama em veludo verde, o gelo do vento congela meus ossos. Fico a fitar o horizonte aguardando seu regresso, as embarcações, vem e vão, e por vez debruço-me no cais desoladamente na esperança que por um segundo possas vir de madrugada me despertar. Meus cabelos longos avermelhados flamejam com o vento, embaraçando-se com a umidade da maresia. Úmidos também ainda estão meus lábios, minha delicada pele e minhas mãos. Quem irá aquecê-los se não você amado meu, lembrança minha. Muitos por vezes me chamam de louca, outros invejam o motivo de ainda me encontrarem aqui, parada, esperando por tua chegada. – Que amor seria este? Interrogam-se os ignorantes na arte do amar. Eu sei que amor é este de que eles tanto duvidam, é amor de outras vidas, é a eternização de duas almas queridas que jamais iram se separar. Beije-me apenas uma vez mais, aqueça-me em teus braços e enlaça-te nos longos cachos dos meus cabelos que teimam em nunca desistirem de te reencontrar no suor dos nossos corpos a se amarem.  Em outras vidas o simples tom dos meus cabelos me levaria a queimar lentamente em uma fogueira por me acharem ser uma bruxa enlouquecida, hoje posso permanecer aqui com minha dor, dor da espera, dor da lembrança que o mar levou com as ondas, dor de ter perdido tudo o que um dia eu tivera. Oh mar ingrato, porque de tão bravio levaste meu amado, porque não me leva contigo se é que é do seu agrado, a dor insuportável me leva a delírios igual ópio na vida dos desgraçados. Quero de volta o que me foi tirado, quero sonhar e sonhando me sentir acordada, ao seu lado, sentindo seu calor, seus lábios e seu halito de amor embriagado. Volta pra mim enquanto a lua se fizer enlouquecida, volta pra mim e diga que ainda podes ser meu. Enquanto meu delírio me devora viva, fico aqui, sei que se não nesta vida, em outra reencontrarei você meu anjo amado, que tão repentinamente de mim foi  tirado, por vezes penso que por capricho dos mares ou  quem sabe pela inveja de uma sereia solitária tudo tenha sido consumado. Fecho os olhos e sinto sua mão percorrendo todo meu corpo, é neste momento que ainda encontro certo conforto, até quando este inferno perdurará em minha mente insana? Não sou dona mais da minha realidade, vivo vagando como se vivesse em um navio fantasma, sem cor, sem vida, onde fantasmas me iludem dizendo que te viram no fundo do mar nos braços de uma linda criatura em forma feminina. Das lágrimas volto ao riso como se estivesse em uma montanha russa, assim passam-se os dias, assim encerram-se minhas noites, continuo aqui, de frente a este imenso mar de amor a te esperar... 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O mundo é feminino...


Estava vendo uma figura de uma deusa chamada Deméter, “Deusa mãe”, ela segurava o mundo aconchegando-o em suas pernas e ventre, formando uma espécie de “concha acolhendo uma pérola”, como se o planeta Terra fosse sua cria, seu filho amado... No mesmo momento me veio na lembrança Gaia, “Mãe terra”, outra imagem feminina onde podemos ter uma ideia de sua força assistindo ao filme Avatar. Todas estas imagens são representações do feminino, então pensei: e se DEUS for feminino? Nada mais claro se pensarmos no amor incondicional a todas as espécies “criadas” ou “geradas” no planeta. O nascimento, ou surgimento de uma criatura sempre vem acompanhado de uma forma gestacional, então feminina! Pensemos com mais carinho a respeito desta hipótese. Na filosofia aprendemos a desconstruir pensamentos e ideias pré-concebidas para podermos construir mundos novos vistos por novas perspectivas, certo?! Partiremos deste ponto, da desconstrução. Porque a imagem de DEUS, passada a todos nós é masculina? Tenho a impressão que este ideal do imperialismo masculino e da diminuição do feminino está fortemente impregnado neste quadro. Muita coisa por trás disto, com certeza. Mesmo com tantas nações governadas por mulheres por milênios, seus filhos poderiam até serem vistos sentados em tronos suntuosos, mas sempre, por detrás destas histórias a força e influencia matriarcal era evidente e concisa. As mães pariam suas dinastias, formavam e preparavam seus clãs para dominar um maior número de territórios na Terra. Por este motivo elas casavam e logo em seguida engravidavam, garantindo com isso seu status de poder sobre o reino, e assim foi por séculos e séculos. O homem por sua vez dependia totalmente do poder da reprodução do feminino, talvez por este motivo com o passar do tempo, à imagem de que a mulher não era suficientemente boa, se não gera-se filhos homens.  A estas eram aplicadas severas punições. Muitas eram humilhadas tendo que aceitar que seu marido deita-se com outra mulher a fim de gerar o filho que ele tanto precisava. O nascimento deste descendente lhe garantia poder e honra, hoje em dia sabemos que quem define o sexo de uma criança é o homem! Se estudarmos a verdadeira história do início das eras, da criação do mundo veremos o poder do feminino, algumas culturas ainda hoje são governadas e mantidas por mulheres e isso não diminui os homens em nada, muito pelo contrário, eles demonstram uma posição confortável. Mas voltando a ideia inicial, a de se voltar à imagem da criação para o feminino, proponho que imaginemos DEUS como sendo um feminino, uma DEUSA em todo o seu contexto. Uma imagem de mantenedora de todo o sistema de vida na Terra capaz de criar, amar e manter todas as criaturas do Universo, ou dos Universos. Isto muda tudo e ao mesmo tempo não muda nada. Na verdade a figura de uma mãe me é mais acolhedora do que a de um pai no sentido de colo, segurança e compaixão. Para muitos esta visão é agregadora, sutil e grandemente satisfatória. Para outros a desconstrução do poder do mundo masculino pode desagregar valores importantes para sua estrutura emocional. Minha intenção aqui é apenas levantar quase poeticamente uma possibilidade possível de se imaginar. Afinal se todos nós viemos de um ventre feminino, porque a criação e a mantenedora disto tudo deveria estar dissociado da imagem de um ventre acolhedor?! Para mentes bem resolvidas deixo um novo pensamento. Meu propósito é apenas de fazê-los pensar e se deixar levar por esta ideia inebriante da feminilidade...