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quinta-feira, 3 de maio de 2012

O mundo é feminino...


Estava vendo uma figura de uma deusa chamada Deméter, “Deusa mãe”, ela segurava o mundo aconchegando-o em suas pernas e ventre, formando uma espécie de “concha acolhendo uma pérola”, como se o planeta Terra fosse sua cria, seu filho amado... No mesmo momento me veio na lembrança Gaia, “Mãe terra”, outra imagem feminina onde podemos ter uma ideia de sua força assistindo ao filme Avatar. Todas estas imagens são representações do feminino, então pensei: e se DEUS for feminino? Nada mais claro se pensarmos no amor incondicional a todas as espécies “criadas” ou “geradas” no planeta. O nascimento, ou surgimento de uma criatura sempre vem acompanhado de uma forma gestacional, então feminina! Pensemos com mais carinho a respeito desta hipótese. Na filosofia aprendemos a desconstruir pensamentos e ideias pré-concebidas para podermos construir mundos novos vistos por novas perspectivas, certo?! Partiremos deste ponto, da desconstrução. Porque a imagem de DEUS, passada a todos nós é masculina? Tenho a impressão que este ideal do imperialismo masculino e da diminuição do feminino está fortemente impregnado neste quadro. Muita coisa por trás disto, com certeza. Mesmo com tantas nações governadas por mulheres por milênios, seus filhos poderiam até serem vistos sentados em tronos suntuosos, mas sempre, por detrás destas histórias a força e influencia matriarcal era evidente e concisa. As mães pariam suas dinastias, formavam e preparavam seus clãs para dominar um maior número de territórios na Terra. Por este motivo elas casavam e logo em seguida engravidavam, garantindo com isso seu status de poder sobre o reino, e assim foi por séculos e séculos. O homem por sua vez dependia totalmente do poder da reprodução do feminino, talvez por este motivo com o passar do tempo, à imagem de que a mulher não era suficientemente boa, se não gera-se filhos homens.  A estas eram aplicadas severas punições. Muitas eram humilhadas tendo que aceitar que seu marido deita-se com outra mulher a fim de gerar o filho que ele tanto precisava. O nascimento deste descendente lhe garantia poder e honra, hoje em dia sabemos que quem define o sexo de uma criança é o homem! Se estudarmos a verdadeira história do início das eras, da criação do mundo veremos o poder do feminino, algumas culturas ainda hoje são governadas e mantidas por mulheres e isso não diminui os homens em nada, muito pelo contrário, eles demonstram uma posição confortável. Mas voltando a ideia inicial, a de se voltar à imagem da criação para o feminino, proponho que imaginemos DEUS como sendo um feminino, uma DEUSA em todo o seu contexto. Uma imagem de mantenedora de todo o sistema de vida na Terra capaz de criar, amar e manter todas as criaturas do Universo, ou dos Universos. Isto muda tudo e ao mesmo tempo não muda nada. Na verdade a figura de uma mãe me é mais acolhedora do que a de um pai no sentido de colo, segurança e compaixão. Para muitos esta visão é agregadora, sutil e grandemente satisfatória. Para outros a desconstrução do poder do mundo masculino pode desagregar valores importantes para sua estrutura emocional. Minha intenção aqui é apenas levantar quase poeticamente uma possibilidade possível de se imaginar. Afinal se todos nós viemos de um ventre feminino, porque a criação e a mantenedora disto tudo deveria estar dissociado da imagem de um ventre acolhedor?! Para mentes bem resolvidas deixo um novo pensamento. Meu propósito é apenas de fazê-los pensar e se deixar levar por esta ideia inebriante da feminilidade... 

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