A máxima de
aprendermos a dar a outra face quando somos agredidos por alguém já é conhecida
pela maioria das pessoas. Analisando este ponto podemos fazer uma ponte e
discutirmos a importância do perdão. Perdoarmos a nós mesmos é o primeiro passo
para o início do nosso crescimento como seres evolutivos. Desde o nosso
nascimento passamos por decepções, quando algumas de nossas necessidades não
são atendidas e experimentamos fome, medo ou rejeição ainda bebês criamos em
nós barreiras de não aceitação, de menos valia e assim por diante. Estes
sentimentos negativos e pejorativos são acentuados no decorrer do nosso
desenvolvimento, seja no nascimento de uma nova criança no nosso circulo
familiar, na escola e em outras situações nas quais nos é dado à oportunidade de
deixarmos de ser o centro das atenções.
Os novos desafios que a vida nos oferta para aprendermos as
lições necessárias ao nosso crescimento espiritual nem sempre é assimilada por
nós de forma correta. Quando isso não acontece de forma sadia acaba por se
tornarem traumas que fortalecem nossas defesas pessoais. Com o passar dos anos, até atingirmos a fase
adulta já criamos muralhas aparentemente intransponíveis nas novas relações que
minam nossa capacidade de aceitar alguns acontecimentos.
É comum amarmos apenas quem nos ama ou as pessoas que
aparentemente sejam capazes de nos fazer o bem. Na verdade procuramos no
próximo nossa aceitação! Sabe por quê? Porque ainda não nos aceitamos e amamos
o suficiente para nos proteger daqueles que nos ferem. Exatamente isto! Somos
dependentes da aceitação dos outros desde sempre, culpamos nossos agressores e
os alimentamos sempre que possível em nossas mentes e coração. Nada é pior do
que o féu da deslealdade e da
ingratidão, certo? Errado! Se for essa a nossa escolha como sendo nossa
realidade sofreremos muito até conseguirmos entender a dinâmica deste processo
evolutivo.
A mansidão desde sempre foi um dos maiores exemplos deixado
por mártires que “pregaram” o bem na Terra. Nenhum deles deixou de
acreditar no amor e no perdão por serem difamados por
caluniadores. Muitos deles poderiam ter
desistido de suas missões quando foram traídos pelas mãos que eles tinham
ajudado um dia, muito pelo contrário, continuaram até o fim traçando um caminho
de luz e dedicação aos seus propósitos humanitários. Quantos de nós seríamos
capazes de tomar a mesma atitude de perdoar, relevar e aceitar o grau evolutivo
destes pobres moribundos que os ofenderam?
Quem perdoa o próximo se ama dobrado! Perdoar o outro nos
liberta a alma e nos dá a chance de nos desprendermos da energia densa que a
raiva e a ira cria em torno de nós. Quando estamos sintonizados no pensamento
que clama por vingança e justiça deixamos de desenvolver outras habilidades
nobres do espírito.
Por isso perdoar alguém é primeiramente perdoar a nós mesmos
pelo fato ocorrido, perdoar o próximo é consequência da primeira atitude. Se
ater a um sentimento corrosivo só nos trará doenças físicas e psíquicas,
permita-se prosseguir sem a dor da desilusão e do rancor.
Esta atitude não significa que devamos conviver com a pessoa
que nos quer mal, e sim, deixar que ela siga seu caminho. De que forma? Orando
por ela e por você! A oração dilui os sentimentos negativos que te ligam a esta
ou aquela pessoa permitindo que este sentimento sombrio ganhe luz aos olhos de
DEUS. Faça a sua parte, a lei universal
fará o resto!
Nas suas preces diárias primeiramente perdoe você, depois
perdoe o acontecimento que lhe causou a dor e por último seu opressor. Enquanto
ora imagine uma luz dourada intensa aquecendo seu coração e irradiando o amor
de DEUS. No início você encontrará certa resistência, passado algum tempo você
não sentirá nenhuma barreira emocional ao realizar este exercício de perdão.
Lembre-se somos como ondas de rádio, ao elevarmos nossos
pensamentos em prol de atitudes edificantes, as ondas baixas das energias
negativas ficarão automaticamente nulas e não terão força e capacidade de nos
destruir. Ame-se ao ponto de ser capaz de perdoar seu opressor, permita-se o
melhor que o universo reserva para você! Seja feliz agora!
“O
fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte”.
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