Ladrões de sonhos...

Esta frase choca, mas é realmente este efeito que quero que tenha. O direito de sonhar é algo que nos é tirado muito cedo, seja pelos nossos pais, avós, professores, colegas e até mesmo as situações da própria vida. Quando ainda pequenos os pais se incumbem em delimitar estes sonhos, este delírio capaz de encher nossos corações de infindáveis palpitações. Sonhamos em ser super-heróis, princesas, professora, bombeiro, polícia, tudo que nos faça sentir importantes. Pior é que geralmente quem cria estes pequenos sonhadores sequer imagina o mal que está causando na mente dos pequenos gênios na arte de sonhar no momento que tolhem sua capacidade de acreditar que são capazes de ser algo que querem de forma ilimitada.

Sonhar com o passar dos anos, torna-se idealizar, o mundo tem sede de pessoas que estejam dispostas e se arriscar em busca de algo que realmente acreditem. Geralmente grandes idealizadores são pessoas que se desenvolveram em um mundo particular, cheio de sonhos e idéias mirabolantes em suas mentes. São aquelas pessoas que conseguiram quebrar os grilhões da repressão do mundo dos adultos e permitiram-se ir além, construindo um mundo imaginariamente possível.

Isso é tão verdade, que ouvimos todos os dias histórias de pessoas que mesmo sem estudo, sem apoio, sem incentivo conseguiram construir suas vidas de forma a se tornarem pessoas felizes, realizadas. Essas pessoas dizem sempre: “Amo o que faço!”, outras ainda relatam que viviam infelizes, levando uma vida de “prisão de alma” e relatam uma virada em suas vidas. Em geral largam postos de trabalhos importantes, deixam de viver situações de comodismo. A pessoa passa se permitir sonhar, crescer, reaprendendo a vida, se reinventando na sua nova forma de ver a vida e assiste maravilhada sua vida desabrochar.

Não é fácil vivenciar esta mudança, precisa de uma dose cavalar de coragem ou de uma constatação inevitável, “sou infeliz e se eu não mudar o rumo deste leme, minha vida jamais terá valido a pena.”

As revistas sempre trazem relatos que nos fazem sonhar com exemplos de mudanças drásticas de percurso de vida, mas a maioria lê, fica tentando se identificar com as histórias, mas deixam suas vidas voltar ao marasmo do ostracismo assim que fecham a revista, o livro ou desligam a TV. Neste momento deixamos mais uma vez a força propulsora da realização morrer na praia.

Quantas vezes não pensamos em mudar nossa casa? Pintar uma parede de uma cor nos agrada ...uma cor que nos inspira, que mexa com nossas emoções...Nesta hora imediatamente nos cobramos, enchemos nossas cabeças de, e se isso...e se não ficar bom...e na hora de entregar o imóvel...e por ai vai. Se nem um prazer tão simples conseguimos realizar pra nós mesmos, imagine mudanças maiores, construir nossa felicidade, dizendo sim aos nossos sentimentos, aos nossos amores internalizados? É parece ser mais fácil continuar vivendo a repressão e dizendo que somos infelizes.

Com o passar dos anos as pessoas começam a entender que o ser humano necessita de paixões para se sentir vivo. Pode ser uma paixão por fotografar, por criar um animal de estimação, desenvolver novos projetos de vida, trocar os móveis de lugar, mudar o corte de cabelo...são tantas coisas simples que fazem toda diferença, que nos faz nos movimentarmos em direção ao novo. Isso é viver, sentir a vida pulsando em nossas veias.

A verdade é que a vida passa, e passa mais rápido pra quem se sente infeliz. A tristeza e a revelia tira o brilho dos olhos, como passarinhos dentro de gaiolas, parece que viver perde o encanto e paramos de suspirar por dias melhores.

Não permita que sua vida passe em branco, até que se prove o contrário à vida é uma só. Vivê-la intensamente e colori-la das cores que lhe fazem bem, só depende de você. Seja gentil consigo mesmo, comece a se perguntar se é feliz, o que poderia te dar um algo a mais, esperança e vontade de realizar seus sonhos!

Quando você ouvir uma voz interna contrariando um sonho de realização pessoal, pare e se pergunte de quem é esta voz. Não se espante se você se der conta que esta voz interiorizada não é a sua. De alguém próxima talvez, mas que nunca fora sua. Esqueça os seus velhos padrões de opressão, deixe a mente absorver a beleza da vida!

Reflita e comece com gestos simples entender o que te faz se sentir bem, a felicidade é isso, estar em paz com nossa própria consciência.